3.7.12

i miss you (II)


Lembras-te de como as poucas estrelas que salpicavam o céu deixavam um brilho nos meus olhos escuros?
Eu ainda me lembro do sabor da brisa noturna de setembro. Puxavas-me mais para ti naqueles sofás brancos e podia sentir a tua essência quando o fazias. Uma essência que me fazia sentir na barriga mais do que borboletas e uma onda de mil e um volts percorria todo o meu corpo. Quando me beijavas esta sensação repetia-se, e outra vez, e outra. Os meus lábios anciavam os teus como se fossem água e eu morresse à sede; e nenhuma sensação conseguia superar saber que os tinha.
Naquele momento, naquela noite, um pensamento atravessou-me a mente, pensamento esse que há muito anda perdido: eu era feliz. Ali, envolvida pelos teus braços, perdida nos teus lábios, o que eu sentia era a mais pura felicidade. Eu e tu, nós, nada mais existia, e era assim que eu queria que fosse sempre. Oh, pode ser assim para sempre?
Uma melodia quebrou o silêncio da noite. Da tua boca emanavam os mais belos sons e cantavas baixinho, como quem conta um segredo. Quando te esquecias da letra eu lembrava-ta e acabámos a cantar juntos o refrão, de mãos dadas, perdidos no momento:
"If I could, then I would
I'll go wherever you will go
Way up high or down low,
I'll go wherever you will go"
Jurei a mim própria nunca esquecer as palavras por ti pronunciadas naquela mesma noite. Guardá-las-ei no coração com as memórias que me restam de ti, meu tesouro.


Sem comentários:

Enviar um comentário