30.1.12

R.I.P


E foste-te, com o vento. Como tudo vai, e não volta.
Só gostava de te poder ter dito o quanto gostava de ti. Ouvido as tuas histórias...
Parece que só damos valor às coisas, quando as perdemos...

Descansa em paz.

29.1.12

és o meu pedaço de céu


És doce como morangos e chocolate. Sinto a tua essência de olhos fechados, para saborear melhor. Sinto-a quando te toco, quando te beijo, quando te sinto e te olho. Sabes com é? Aquele momento mágico em que deixamos de ser eu e tu, e passamos a ser nós. Dois corpos, duas almas, dois corações, mas um só ser. Um só ser que resulta da junção de dois outros, tão diferentes, mas tão iguais. É nesse momento único que tudo o resto desaparece, e somos só nós, sozinhos, num universo distante, a preto e branco. Somos a única cor, porque a nossa alegria sobrepõe a de todos os outros. E todos os problemas sumem, evaporam-se: todas as preocupações, todas as tristezas. Tudo se resume àquele doce momento inconfundível e inigualável, em que os nossos corpos são dominados por um desejo insaciável de paixão, e as nossas almas são acesas por um fogo que consome todos os pensamentos possíveis: e não podemos pensar em nada. Não existe mais nada, para além de nós e daquele momento. Simples, curto e intenso.
Oh, como eu queria que a minha vida se resumisse a esses momentos, contigo.
Como eu desejava que eles nunca acabassem.

25.1.12

scars - cap. III



Acordo com a t-shirt colada à minha pele, suada. Tenho lágrimas no canto dos olhos, e dói-me o corpo (e a mente). Estou ofegante, e olho para todos os lados, procurando o interruptor. Quando o encontrei, liguei a luz, e verifiquei que me encontrava repleto de arranhões nos braços, mãos e face. Num destes, arranhara-me até sangrar: por isso, os meus dedos estavam sangrentos. Procurei explicação na minha memória para esta cofusão, e a única que encontrei foi os pesadelos pelos quais fora consumido há menos de dois minutos. Volto a deitar a cabeça na almofada: será que ela merece tudo isto?
(...)
Engulo o pequeno-almoço em três dentadas, agarro na pasta e arrasto-me, lentamente, para a escola. De qualquer forma, esta é uma das manhãs nas quais não quero ficar na cama. Vejo os meus bro's na rua, cumprimento-os com graças sem sentido e apertos de mão, com os olhos despidos de qualquer ânimo.
Enquanto a stôra diz qualquer coisa inútil e desinteressante sobre Os Maias (que matéria mais secante!), a porta abre-se de fininho. Ouve-se uma  voz tímida:
- Bom dia stôra. Desculpe o atraso, mas não conseguia encontrar a sala. Posso?
- Sim, Mafalda, mas que isto não se repita. Escolhe um lugar.



Entro na sala cabisbaixa e envergonhada. Nunca quisera dar nas vistas, muito menos no meu primeiro dia. Quando a professora me manda entrar, os meus olhos param imediatamente no miúdo. Recordava-me dele, sim. Era o miúdo do cais... Como se chamava mesmo? João? Diogo? Bem, não interessa. Escolho uma mesa no canto, abstraída de todos os outros.
Vejo-o a olhar para mim por cima do ombro do seu casaco de cabedal, e a sussurrar algo para o colega de mesa. Sinto-me a corar, as minhas faces a arder. Mas não ia dar parte fraca, não. Tento concentrar-me no que a professora está a dizer, e, sobretudo, tirar apontamentos.
A rapariga à minha frente vira-se para trás, sem mais nem menos, e entrega-me um papelzinho. Abro-o discretamente, e não fico surpreendida com o seu conteúdo - deveria?
" Olá miúda. "
Amachuco o papel nas minhas mãos ásperas e ponho-o de lado. Foco a minha atenção na voz da prof, mas dois minutos depois, chega outro bilhete.
" Não estás para conversas, é? Não faz mal.
No fim da aula, atrás do pavilhão. Não faltes nem te atrases.
Tiago"
Sorrio sem me aperceber, e olho para ele. Pisca-me o olho, e vira-se para a frente.
Aprecio a maneira como o seu cabelo rebelde se move, quando ele se vira, selvagem.
Meu Deus, quem é este rapaz?

20.1.12

scars - cap. II


Depois de quilómetros intermináveis de viagem, depois das malas atiradas à toa para debaixo de uma cama deprimente, que nunca seria a minha, decido dar uma vista de olhos pela cidade.
Passeio pelas ruas estreitas com os meus phones nos ouvidos. The Fight Song, da lenda Marilyn Manson, soa nos meus ouvidos o mais alto possível. Exprimo despreocupação, embora o meu interior seja permanentemente atacado por um turbilhão de sentimentos indecifráveis pelas outras pessoas, alguns até por mim.
Sinto-me apertada entre as casas demasiado juntas, demasiado alinhadas e demasiado idênticas. Sinto-me fora de casa, embora nunca tenha realmente sabido o que é estar em casa. Uma réstia de luz surge na escuridão da rua estreita. Ao início não consigo distinguir nada, com aquela luz brilhante a ofuscar-me a visão; mas pouco depois já distinguia... cores. Uma delas muito quente, com misturas de laranja, vermelho, branco, amarelo e rosa. Em baixo, frio, um tom de azul escuro, meio esverdeado, morto.
Não foi difícil de me aperceber que estava no cais da cidade. Bem, aquilo era muito diferente das ruas deprimentes que acabara de percorrer. Os barcos de todas as cores e feitios ondulavam calmamente, presos por cordas que não os deixavam ser levados pela maré. As gaivotas faziam aqueles barulhinhos irritantes, mas relaxantes, enquanto deixavam o vento acariciar-lhes as asas... É impossível negar a magnificiência deste cenário, mas nem qualquer pessoa se podia aperceber do seu tamanho...
A minha mediação é brutalmente interrompida quando sou atirada ao chão por o que penso ser um magnífico labrador bege.


 

- Alex! O que é que te deu? - admito que fiquei meio envergonhado - Precisas de ajuda miúda ? - perguntei, agora dirigindo-me a ela.
- Deixa lá.
Ela levanta-se sozinha, ignorando completamente a minha tentativa de a ajudar, com a mão estendida. Quando ergue a cabeça, sinto-me assombrado. É a rapariga mais bonita que os meus olhos alguma vez presenciaram. Tem olhos verdes, como duas esmeraldas brilhantes e enormes, escondendo mil e uma histórias atrás deles. Tem cabelo castanho, claro, liso e embaraçado, e uma pele pálida que, pelo menos, aparenta ser macia como as pétalas de uma rosa vermelha, daquelas cujo odor se sente a metros de distância, por serem tão cheirosas. Mas bastou um olhar para os seus olhos brilhantes para perceber que ela era diferente.
Usava um vestido negro, com renda na saia, e um casaco largo que lhe tapava metade das mãos, embora não estivesse frio. tinha um grande laço no cabelo. E não pude deixar de imaginar como seria aquele corpo, por debaixo de toda a roupa.
- Estás bem?
- Ya, não te preocupes.
- Então, - tento desesperadamente meter conversa - o que fazes aqui?
- Ando a ver as vistas, só...
- Não és muito faladora pois não?
Ela encolheu os ombros e olhou à volta, desconfortável. Tento mudar de estratégia:
- Desculpa, mais uma vez, o Alex não se costuma atirar assim às pessoas... Parece que gostou de ti!
- Não faz mal, é um cão lindíssimo. Dá para ver que tem uma personalidade, não como aqueles que se limitam a obedecer.
- Gostas de animais?
- Sempre são melhores que os humanos. Sim, gosto. Tenho pena de só ter um...
- Tens um cão?
- Iguana. Chama-se Elly e é uma espécie de companheira para mim.
- Interessante... Poucas são as raparigas que gostam dessa espécie de bichos...
- São animais.
- Sim, desculpa.
- Olha, tenho de ir, faz-se tarde. Adeus Alex! - disse ela, fazendo uma festa rápida na cabeça do meu cão - Adeus... hã...
- Tiago.
- Adeus Tiago.
Vejo-a desaparecer, rápida, mas suave, como o vento. Impossível deixar de pensar que esqueci a Letícia por, pelo menos, dez minutos.

19.1.12

scars - cap. I

 


 A mala estava parcialmente vazia, a única mala que me acompanharia, mas ao mesmo tempo, cheia. Os bens materiais eram poucos, mas os sentimentos que em mim residiam, ocupariam dezenas de malas maiores que esta. Mas isso é facultativo. Olho à volta cuidadosamente, para ter a certeza que ninguém está a ver, e estendo o braço para debaixo da cama. Agarro na minha caixa.
É uma caixa preta com uma rosa vermelha na tampa, pequena. Fora-me deixada pela minha tão adorada avó, quando se encontrava no leito de morte. Abro-a, para me assegurar que todo o conteúdo está presente. Bilhete, isqueiro, brincos - rosas, negras -, pulseira, cigarros, lâminas, comprimidos. Encontra-se tudo exatamente onde o deixei, ótimo. Enfio a caixa no meio das minhas roupas gastas, agarro na mala , pego na Elly e saio.


É a terceira vez que lhe telefono num espaço de dez minutos. Foda-se! Passo as mãos pelo cabelo já despenteado e dou um murro na parede. Aumento a música da rádio, com medo que ainda possam ouvir os meus gritos de frustação, ou, pior, as minhas lágrimas.
À quarta vez, ela atende:
- O que é que queres?!
Só agora me deparo com um facto aterrorizante: não faço ideia do que dizer.
- Estou à espera! - ela grita, impaciente.
- Lé... Porque estás a fazer isto?
- Porra Tiago, estás a agir como um puto infantil e desesperado. Tudo tem um fim, tudo, e o meu amor por ti não é exceção. Eu já não te amo, vê se me esqueces!
Ouço o "tu, tu, tu" do telefone desligado. Sinto uma fúria e revolta que nunca sentiria, e atiro o telemóvel pela janela do meu quarto. Na verdade, apetece-me atirar-me também. Que cabra! Só consigo pensar em como ela me enganou, quando estávamos juntos: em todas as promessas que ela jurara cumprir. Em todos os toques, momentos, sussurros: tudo me preenchia de amor. E era tudo mentira.
Agarro na trela do Alex e saio, sem dizer uma palavra.

scars - prefácio.

Sim, é isso, vou fazer outra história.
Esta história terá muito de mim escondida nela, e é uma forma de eu falar de mim sem me expôr totalmente.
Ficarei eternamente agradecida a todos os que me têm influenciado a desenvolver a minha escrita, em especial à minha princesa, Mafalda. Unimo-nos há tão pouco tempo, mas já fazes parte de mim.
Esta história será narrada pelos personagens principais da história, e estará sempre identificada por imagens (rapariga e rapaz). Pretendo, com isto, pôr-me e a vós na pele dos personagens, e dar-vos duas perspetivas da história.
Espero que acompanhem e gostem, significará o mundo para mim.
Vou postar os capítulos quando puder, e lamento se demorar mais do que pretendido, porque desta vez a história não está feita e será desenvolvida ao longo do tempo.
Para além disto, todos os capítulos serão acompanhados de uma música, para ouvirem enquanto os lerem, se assim quiserem.
Beijinhos e espero que gostem!

16.1.12

is it the wind?


Está frio, tanto frio. As minhas mãos encontram-se revestidas de luvas quentes, mas não quentes o suficiente. Passo a mão no cabelo, que se cola à cara devido à eletricidade estática. Malditas luvas!
Mordo o lábio e sorrio, escondendo as lágrimas que fazem tanta força para cair. Dentro de mim há eclosões das mais variadas formas de sentimentos imagináveis e inimagináveis, mas o que acontece dentro de mim fica dentro de mim, e mais ninguém tem de o testemunhar. De facto, com o passar do tempo os sentimentos tornam-se mais fáceis de esconder, e as pessoas tornam-se mais abertas para acreditarem nas minhas mentiras.
Sento-me num banco qualquer, num sítio qualquer, e olho à minha volta. Vejo verde. Mas não é um verde vivo, é um verde escuro, morto, triste. Não é um verde de primavera, é um verde depressivo de inverno. Vejo uma flor, a última réstia de cor deixada para trás por um vento forte e revoltado, que levou tudo o que era feliz consigo. Levou sonhos antigos e esperanças sem fundamento. Levou o sorriso infantil de tantas crianças felizes que sonham acordadas com o retorno do verão. Apanho a flor, aquela réstia de vida. Tão frágil, tão vulnerável ao ar frio de inverno. Deixo-a partir na brisa, na mesma direção que esvoaçava o meu cachecol, cachecol esse que me cobria parte do rosto com o qual aprendi a viver. 
Seguro a minha câmara em frente, tentando ver o que estava bem à minha frente, de outra perspetiva, mas as cores não surgem no ecrã e o meu mundo continua a preto e branco. 
Foi assim que o meu espírito de guerreira voou para longe, deixando para trás uma alma insegura e fria. 
Foi assim que me deixei perder, numa tarde fria de inverno.

14.1.12

shut up haters

Para essas que chamam as outras de feias (sim vocês!) :
O que é ser bonita então? Ter um narizinho perfeito, uma barriguinha danone, uns olhos azuis celeste, uns dentes brancos alinhados, lábios rosa bem formados, uma cara perfeitamente oval, um cabelo longo e sedoso, uns pés e mãos pequenas, umas pernas e braços longos e suaves, um rabo empinado, umas mamas redondinhas, umas costas direitas e uma pele lisa sem imperfeições? FUCK OFF.


Eu? Tenho um nariz de batata, uma barriga cheia de banhas, uns olhos quase pretos e pequenos, uns dentes tortos amarelados, uns lábios secos e quase roxos, uma cara redonda, um cabelo seco e encrespado, umas mãos e pés enormes, umas pernas e braços magricelas e cheios de espinhas, assim como a minha pele oleosa, um rabo descaído e uma mamas pequenas, umas costas meias tortas, e uma personalidade, como vocês gostariam e deveriam ter.
EVERYBODY IS BEAUTIFUL , STOP JUDGING AND STOP HATING .
 

desafio - dia vinte e oito .

Dia 28 - Uma imagem de mim no passado e como mudei desde então



Adiquiri senso e vontade própria, cresci muito. Passei a acreditar no que julgava impossível e deixei de acreditar no que tomava por garantido. Tornei-me forte, independente e voltei a cair na incerteza. Aprendi a amar, a ser feliz, a gostar de mim e a odia-me. Não mudei, cresci.

13.1.12

deixem-me viver !


Estou farta desta vida de merda.
Sinto que fazem de tudo para me verem infeliz. É mesmo isso que querem? É assim tão difícil de obter a paz que eu quero, que eu preciso? Sou uma adolescente, uma adolescente frustrada, difícil, decidida e livre. É isso que eu quero, só isso que peço: liberdade. Já me deram provas mais do que suficientes de que não me pretendem conhecer, sendo assim, deixem-me conhecer-me. Deixem-me cometer erros e aprender com eles, não tentem privar-me de fazer experiências porque mais cedo ou mais tarde vocês já não estarão presentes. Vocês não sabem como é, passar os dias a forçar sorrisos e a fingir estar bem, quando na verdade um mar de incertezas, desilusões e receios inunda a minha complexa mente e me apaga por momentos a perceção da realidade. Vocês não sabem, porque quando chego a casa, a minha casa , só quero um pouco de paz e preocupação. Quando quero que me sufoquem com abraços, sufocam-me com reclamações desnecessárias, quando quero que me deixem sozinha, privam-me de tudo o que me faz feliz. Já não peço que confiem em mim. Confiem em vocês. Acreditem que a educação que me deram e tudo o que me ensinaram fará com que eu não cometa os erros que vos assombram.
Eu já não sou uma menina pequenina.
Mas, de certa forma, serei sempre a vossa menina pequenina... que cresceu.

6.1.12

desafio - dia vinte e seis .

Dia 26 - O que penso sobre os meus amigos


Nunca fui, na verdade, uma pessoa popular. Mas considero-me uma pessoa com muitos amigos. Tenho vários amigos, que ao longo do tempo fui conquistando, mas poucos deles são realmente verdadeiros. Sei, claramente, quais deles são verdadeiros. Os amigos erram, mas isso não faz deles falsos, não. Nem me faz amá-los menos. 
Os meus amigos são as pessoas mais doidas à face da Terra. Conseguem arrancar-me um sorriso com uma facilidade fora do comum. Conseguem fazer-me rir com uma palavra ou um movimento. Conseguem que simples momentos se tornem inesquecíveis e incríveis.
Os meus amigos, verdadeiros, são as pessoas mais maravilhosas e lindas do planeta, e sem eles eu não era nada do que sou hoje.
E a amizade é uma coisa tão complexa que não se pode explicar, por isso fico por aqui.

4.1.12

espero por ti


Falta-me um pedaço de alma. Preciso de ti agora, aqui comigo. Longas conversas perto da lareira, chocolate quente e um cobertor a nosso redor, enquanto nos deixamos perder no calor do nosso corpo e nos desabafos intermináveis de duas almas sonhadoras. Duas almas essas que pertencem uma à outra, que se completam sem precisarem de nada mais, que se abrem como um livro de histórias de embalar, daquelas histórias que se contam às crianças bem pequenas, mas que no fundo continuamos a apreciar, sentindo até uma certa nostalgia a ouvi-las. Somos, no fundo, dois astros pequeninos avistados à noite por alguém que tem o sonho de viver para sempre, e que vive a sonhar. Dois astros numa imensidão de estrelas, num vazio com dimensões inimagináveis. Dois astros que se perdem de vista a certo ponto, que se separam sem saberem porquê, mas que se voltarão a encontrar um dia: porque quando algo está destinado, simplesmente acontece, sem mais nada. Somos a lua e o sol, naturalmente diferentes e separados, destinados a ficarmos sozinhos na imensidão: ou não? Não, nós somos dois astros que se completam como mais nenhuns, pois a luz que teu sorriso erradia é a luz que me faz sorrir, e o sorriso que tua luz me cede é também a tua força para continuar. Tu, sempre luminoso e radioso, continuas a cultuar nesse teu céu que te pertence, deixando um mundo apaixonado desesperado com tua ausência; e eu, uma eterna sonhadora, espero por ti dia após dia, semana após semana, espero que me devolvas o sorriso. Vivo na escuridão, nas trevas, eternamente esperançosa, sonhando contigo e pensando em ti. Vivo com tantas estrelas em meu redor, mas ainda tão sozinha. E espero por ti, meu Romeu, meu eterno apaixonado, e espero cem anos, um século, pelo momento em que de novo nos encontramos, e fazemos de dois astros tão imensos um só. Poucos esses segundos, que compensam a espera infinita que eu julgava interminável, tediosa e lenta que eu suportei por ti, meu amor. E mais mil e uma primaveras desta espera insuportável eu suportaria, só para te ter de volta para mim, poder sentir-te comigo, como sempre quis.

1.1.12

"ano novo, vida nova" o crlh


Vou continuar a ser a mesma parvalhona de sempre. Vou continuar a dizer tudo o que me vem à cabeça sem me importar com o que possam dizer sobre mim. Vou continuar a sofrer por quem não merece ver-me sofrer. Lágrimas continuarão a brotar dos meus olhos escuros, e feridas continuarão a ser abertas na minha alma escura. As trevas em que vivo continuarão a consumir-me e os meus pensamentos mais escuros não terão descanso. Vou continuar a ter a mesma opinião a meu respeito... e a respeito de tantas outras coisas! 2012 vai ser outro ano cheio de desilusões, promessas não cumpridas, caixas de chocolate vazias e corações partidos. Vai ser outro ano com momentos maus, piores do que os que vivi em 2011. Mas não quer dizer que este ano se vá resumir a isto. Acredito que serei feliz, embora a felicidade tenha sempre os momentos contados, e tenha de ser aproveitada antes da chegada de um tsunami de tristezas e mágoas. Pode ser melhor, pode ser pior, mas concerteza os meus sentimentos não serão alterados da mesma maneira que a data. Não, eu continuarei a ser eu, e tu continuarás a ser tu. O meu palerma, o meu birrento, estúpido e infantil tu. E por mais que eu quisesse, não te poderia tirar da cabeça. Só te peço que não deixes 2012 afundar-me na morte tenebrosa e silenciosa do meu coração, e da minha mente. Só te peço, por favor, não nos deixes cometer os mesmos erros.
Vou agarrar as minhas ideias, os meus sentimentos e os meus pensamentos e vou começar de novo. Não vou mudar nada em mim, nem vou mudar nada em ti: vou mudar apenas, a minha maneira de fazer as coisas. Vou escrever outro capítulo: um dos intermináveis capítulos da história da minha vida. E, se sentes o que me dizes sentir, vais ajudar-me a colorir as gravuras que darão vida à minha história, e vais ajudar-me a vivê-la, dia após dia, momento após momento. E é isso que eu faço: vivo. E não vou parar de viver porque uma ou outra coisa corre mal. Não deixarei de acreditar.