21.7.12

blue sky


Os meus olhos perdem-se na imensidão azul e deixo os pensamentos depressivos lá se afogarem.
Como é lindo. Índigo, celeste, turquesa. Tonalidades que se fundem com umas manchas de um branco quase transparente, dispondo-se em camadas, dançando à melodia do silêncio. 
Lá em cima, uma gaivota deixa-se também embalar descontraidamente por aquele vazio, tão cheio.
Calma. Paz. Sim, a qualquer pessoa o azul do céu transmitiria estas sensações, tão serenas, mas a mim transmite-me uma que supera todas as outras: amor.
Sim, o céu lembra-me de ti. Tudo me lembra de ti, está certo, e algo tão belo não poderia ser exceção. 
Ali, com a brisa suave a acariciar-me os poros e o sol brilhante a queimar-me a pele, revivo aqueles momentos passados contigo, a olhar o céu. De olhos semicerrados, mãos dadas, a partilhar um calor que não era inferior ao clima típico de verão, deitados na relva verde e fresca, ainda por cortar. Formas de nuvens se formavam em frente de nossos olhos, acima das nossas cabeças. Eu falava, tu escutavas, que combinação tão estranhamente perfeita. O som da minha voz oscilava com entusiasmo enquanto apontava as formas claras no céu e tu sorrias e fechavas os olhos. Ali sentíamos a felicidade, mais do que o ar que respirávamos, mais do que o sangue que nos circulava nas veias, conseguíamos sentir a felicidade palpável que explodia em nosos corações, a pureza do primeiro amor. E puxava-te para mim, buscando o conforto que sempre encontrei em teus lábios.
Ah, como é lindo, o azul do céu.

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