16.10.13

ocean eyes (II)


Gosto dos teus olhos. 
Fazes-me bem, e, para já, isso basta. Mas não me deixes, nem me tires nada, porque o pouco que ainda tenho é o que me mantém por cá. Não tires o brilho dos meus olhos tão negros nem a alegria do coração. Tira-me antes o frio do rosto e a secura dos lábios, e o resto deixo-te a ti, para que possas continuar a surpreender-me em tudo o que fazes, para que te possas dar-me a conhecer, mas aos pouquinhos. Quero desfrutar de cada bocadinho mais doce que vou descobrindo, e quero-te todo; mas temos tempo. Somos donos do tempo, agora. Do tempo e do mundo, que gira só a nosso redor. Então dá-me a mão e lê nos meus olhos as palavras que ainda não te disse.
Apaixonei-me por ti como quem tira uma foto, assim, do nada. Tentei capturar algo belo mas, quando o meu dedo encontrou o botão, já outra coisa se via, ao de longe, no fundo, banhado por chuvas frias e ventos salgados.
Amor.

2 comentários:

  1. mas porque é que escreves de forma tão perfeita? tens noção que podias escrever um livro e que provavelmente deixas muitos profissionais a um canto, não tens?

    e fico tão feliz por ti, porcanôncia *-*

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