20.10.13

pale


Queria apaixonar-me por ti outra vez. Voltar a sentir a primeira borboleta na barriga quando me sorriste; voltar a respirar o teu cheiro e sentir a tua presença tão perto. Passaram-se oito luas, que mais se parecem a oito primaveras, e tu sabes tão bem a falta que me fazes, mesmo assim. Porque entraste na minha vida como uma estrela cadente, atingiste-me em cheio no coração, acordaste-o de novo. E agora? Não te quero deixar ir. Já sou tão tua, sem que tu sejas meu, mas sabes que te quero. Sempre te quis. Desde o primeiro olhar e talvez até antes disso, nos tempos remotos em que nos meus sonhos a única cor que figurava era um azul-mar. Aquele que só se encontra no mais fundo oceano, nas escamas mais brilhantes, nos tesouros mais escondidos. Não és vulgar. És tão mais do que pensas; e isso fascina-me - todo tu me fascinas. Mas mantenho este texto em segredo, pelo menos por agora. Pensei que fosse o que querias, mas, agora que escrevo estas palavras, dou-me conta de que não faço ideia do que queres. Mas tu sabes o que eu quero e sabes melhor ainda o que sinto. Tudo depende de ti.
Mas só se quiseres.

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