5.10.13

nick


Ainda não tinha tido coragem de fazer o teu luto por estar demasiado magoada com a tua partida. Não sei tão-pouco se estás bem ou não, mas, desde que foste embora de vez que tenho morrido de preocupação. Talvez a culpa tenha sido minha por deixar que te afastassem, por deixar que fugisses constantemente e por não estar presente para te abrir a porta de todas as vezes que voltasses. O facto é que não pude dar-te tudo o que merecias e acabaste por te tornar no que eu mais receava. Sempre que voltavas magoado ou mais magro eu enchia-me de desculpas e tentava que ficasses em casa, mas nunca ficaste. Nunca esteve na tua natureza seres domesticado, mas sei que me amaste, pequenote, e eu também te amei. Mas despeço-me de ti com lágrimas nos olhos e esperando com todas as forças que estejas bem, onde quer que andes. Se não estiveres, então espero que tenhas gostado destes anos que passámos juntos, e desculpa não ter podido prolongá-los. Vou lembrar-me sempre de ti. Tenho 150 fotos para o fazer, mas, mesmo sem nenhuma, lembrar-me-ia sempre com lágrimas nos olhos. Talvez seja estúpido fazer um texto deste género para "um gato" mas é um peso que me sai dos ombros e do coração. E ambos sabemos que não és, nem nunca foste, só um gato. Amo-te para sempre.

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