4.3.12

dance with me


Sinto a bola nas mãos e o meu coração bate depressa. Endireita o polegar, arqueia as pernas, estica o braço, lança, tal como ele te ensinou.
Como pode uma pessoa viver para a emoção, quando se sente tão morta, tão fria? Como posso, de livre vontade, mexer-me vivamente quando por dentro estou tão morta? Como posso chorar em silêncio e fingir curtos sorrisos, quando estou a cair num abismo sem fundo?
Quem sou eu, que vagueio sonhadora à espera de um milagre? Quem sou eu, que me mostro esperançosa à espera de quem me salve?
Tudo o que vem, vai, e o que vai não volta. Porquê? Porque o que vai foi por uma razão, e razão para voltar não existe. Como pode algo que um dia significou o mundo, partir, tão de repente? Como posso eu ser tão vulnerável às mãos de quem me entrego?
Inúmeros e incontáveis pensamentos que me atingem como flechas enquanto os meus músculos se movem com a inquietude de um corpo sem alma. Tantas perguntas sem resposta que me são feitas só para me confundirem a mente e abrandarem o corpo.


Sinto a música percorrer-me o corpo e a graciosidade a invadir-me as veias. O meu corpo torna-se leve e flutuo ao som da melodia do amor.

1 comentário:

  1. sempre achei esta musica só por si perfeita e arrepiante , no entanto , ao ouvi.la ao mesmo tempo em que leio o que escreveste tornou.se explusiva dentro de mim , mas sem nunca perder a sua forma pacifica e graciosa , nao me consigo expressar bem , infelizmente nunca o consegui mas tu tens o dom da palavra , tens sorte nisso princesa , se precisares de desabafar estarei sempre aqui ♥

    mp *-*

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