4.3.13

é mesmo o fim?


As lágrimas correm como se viajassem em algum grande rio até a minha mão ser o seu mar. Passou tanto tempo...
Tem sido um fim de semana difícil. Vejo os minutos passar, sinto as luas a mudarem mas de alguma forma não estou aqui- abandonei o meu corpo para te fazer companhia. Sentes-me? Estou aí. Estou tão perto de ti, e tu estás tão longe, tão, tão longe. Não são apenas quilómetros que nos distanciam, é a mágoa do orgulho ferido, sofrimento causado por um coração partido. 
A nossa história foi abandonada num banco de jardim quando os escritores ficaram sem tinta da china onde molhar as penas. Tinta essa que partilhavam, como tudo na vida: os copos de batidos, os croissants de chocolate e petit gatêaus com gelado. Tanta doçura numa vida que se foi tão depressa, ou pelo menos assim pareceu. Tanta doçura e, mesmo assim, não chegou para limpar de nossos lábios secos a amargura da coragem que faltou.
De algo me orgulho, porém: eu não desisti. Lutei por ti, por nós, até não existirem mais possibilidades de recuperar a chama daquele amor que em tempos devastava florestas. Devastava corações. Devastava-nos e aos que nos viam, tão felizes. E a amizade? Os risos e abraços? 
Onde foi que escondeste o rapaz tímido e querido pelo qual me apaixonei há já tantas estações?

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