26.9.12

broken


Dói mais do que alguma vez julguei ser possível, contorço-me com a agonia e tento não esticar a mão para o telemóvel, para o telefone, tento não te chamar, meu amor... Receio perder os pedacinhos do meu coração despedaçado, sangrento orgão maltratado, que to confiei ingenuamente, não vês que me destróis? Tento entender-te mas a minha compreensão não alcança a tua mente, tão longe, e estou tão cansada de lutar pelos dois, meu anjo, estou tão cansada de amar mais, estou cansada de tudo em que me tornei, de tudo em que nos tornámos. Eu tento, embora penses o contrário, tento e torno a tentar, caio e levanto-me, mas por mais que tente não consigo manter-me afastada, corro para ti, prendes-me a ti, e as lágrimas não param, fá-las parar...
Tua imagem no ecrã do computador faz-me levar as mãos aos olhos tentando impedir a chuva de desespero cair, inutilmente, claro está. Meus doces olhos, minha doce pele, meus doces lábios, tudo em ti é do mais doce que já provei, aroma banhado de mel e açucares exóticos, aroma que foi meu e aroma que não sei quando voltarei a provar, e logo agora que já me viciei nele... Endoideço de ciúme se imagino a possibilidade de outra te ter, vultos avistados de longe, beijos que foram meus, não, promete-me que não te entregarás a outra pessoa, porque eu já não consigo adormecer com o medo constante a puxar-me os cabelos, a arranhar-me a pele... E estás tão longe, e não te posso chamar, "mantém-te forte, não dês o braço a torcer", sim, falar é tão fácil, é fácil falar quando não se sente, é fácil quando não se ama, mas e eu? E eu, que amo tanto? 
Eu todos os dias morro um pouco por dentro.

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