24.9.12

how could this happen to me?


Dou pela minha mente a vaguear para aquilo sobre o que não queria escrever, o coração a apertar-se-me no peito, um burburinho nervoso a formar-se no meu âmago, os dedos que precisam de exercício, os sentimentos que precisam de ser libertados. Tenho de fazê-lo, perdoa-me, tenho de abrir as portas da gaiola que o meu coração passou a ser, tenho de deixar os sentimentos voarem sem destino... Tem de ser, meu amor, preciso disto, de um pouco de liberdade na minha vida tão controlada.
A dor é constante e não vai embora, por vezes distrai-se mas logo volta e não sei como a manter afastada. Procuro conseguir responder às perguntas, "o que se passa?" mas como posso, se nada parece certo? Tudo na minha vida parece estar mal e eu não tenho forças para fazer com que fique bem, os monstros não deixam... Os monstros que vivem em mim e ao meu redor, esses monstros que se chamam de gente, vis criaturas.
E tu que não me salvas como dantes, deixaste-me ao abandono e nunca me senti tão sozinha. Alguma vez sairei disto? Pensei estar a melhorar, pensei que a ordem finalmente se erguia como uma muralha em minha volta, mas como me pude enganar de tal forma? A verdade é que estou mais só do que nunca, perdida na imensidão do nada, mas não consigo livrar-me desta dor que me consome como um fogo avassalador, chamas azuis na falta de cor, na falta de qualquer coisa além da mágoa, e perco-me nestas palavras sem sentido, não encontro o que dizer, se calhar é melhor parar, de qualquer forma ninguém vai ler... Ou vai? Se estás aí, ajuda-me, toma-me em teus braços e leva-me daqui, faz-me princesa de teu coração outra vez, prometo que não te torno a magoar, peço-te, imploro-te na mais pura forma de desespero, por favor, não me deixes de novo...

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