11.4.13

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Hoje acordei com a nossa música na cabeça, como se ma sussurrasses ao ouvido, com eu tanto gostava que fizesses. Mas quando, mais tarde, tento lembrar-me da tua voz, não consigo. Não me esqueci de ti, mas não me consigo lembrar, já não, e isso mata-me. Não me lembro de como soa o teu riso, ou a que sabem os teus beijos, não me lembro do teu toque. As pequenas coisas que me faziam amar-te desvanesceram-se no vento durante os seis meses que se passaram. Então, explica-me por favor, qual o porquê deste sentimento que me agonia? Se não te recordo, não te deveria sentir, muito menos amar. Então diz-me, por que razão te sinto em cada pulsar do meu coração, aquele que tu quebraste? Esclarece-me esta dúvida, que me bloqueia a garganta, que me impede de respirar: que direito tens tu, de viver em mim, se não tencionas voltar?
Eu não me esqueci. Lembro-me de quando andámos de barco. Lembro-me das fotografias que não gostavas de tirar. Lembro-me das constelações de sinais que achava nos teus braços. Lembro-me de odiar quando cortavas o cabelo, de gozar contigo e chamar-te Justin Bieber. Lembro-me da tua guitarra e de nunca teres tocado para mim, de ouvir a tua banda preferida em altos berros e de como parecias amar aquele teu gato ainda mais do que me amavas a mim, eu, que me achava o teu mundo, mas será que era? Ou foi tudo uma ilusão? Será que estava tão cega de amor que inventei um amor que me devolvias? Alguma vez me amaste realmente, ou foi tudo um sonho de olhos abertos?
Sabes que dia é hoje?

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