13.1.13

home is where the heart is


Hoje o céu assemelha-se a ti. Não há uma nuvem que ofusque o brilho das imensas estrelas que o salpicam e a lua em quarto crescente tem em sua volta uma circunferência de luz. Olhei-o e lembrei-me de ti, com o frio a chicotear-me o corpo, o gelo a cortar-me o rosto e a noite a esbofetiar-me as faces. Mas não senti nada, na altura, porque um outro sentimento apoderava-se do meu corpo, sentimenso esse mais forte que a dor, mas que rima com a mesma, e que eu sinto tanto por ti. Sentimento com o qual me preenches entre beijos e carícias. Porque nessa altura eu corria para ti, como corro a cada segundo da minha vida, de volta a teus braços e ao teu amor, a minha verdadeira casa, onde eu pertenço e sempre deveria ter estado, e tanto desejo estar sempre. 
Escrevo-te bilhetes sem sentido, rabisco em cantos de folhas às linhas e guardo tudo, fecho-os em garrafas e lanço-os ao mar que é só nosso, para que se percam como nós nos perdemos com suspiros e silêncios, não de constrangimento, mas o silêncio confortável que toma o ar quando nada mais precisa de ser dito.
Quero-te tanto.

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